Anatel inicia caça aos "xing-lings"
Anatel inicia caça aos "xing-lings"
Camila Rinaldi
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Porém, apesar desta iniciativa parecer muito boa na ficção, na realidade parece um processo não funcional, visto que burlar tal sistema não seria difícil.
Talvez seja por isso que a Anatel tenha resolvido jogar com os "lucros" deste mercado alternativo.
Homologação de Produtos de Telecomunicações
No documento divulgado pela Anatel, está bem claro: "não basta o produto importado ser certificado por órgãos reguladores de outros países; é necessária a homologação da Anatel". Caso você tenha adquirido um aparelho não aprovado previamente no país, o produto será considerado irregular e caberá aos consumidores e vendedores arcar financeiramente pelos produtos que infringirem a lei.As penas estipuladas pela Anatel são o pagamento de multas e, em alguns casos, apreensão:
As multas por descumprimento desse Regulamento variam de R$ 100 a R$ 3 milhões, considerando- se a natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes, a situação econômica, a vantagem auferida pelo infrator, as reincidências e as circunstâncias agravantes.Em uma conversa com o meu colega Arthur, que trabalhou algum tempo em um dos organismos de certificação designados (OCDs), fiquei sabendo que para expedir certificado de homologação, a Anatel exige que os produtos passem por variados testes em laboratórios credenciados e recebam o aval dos OCDs. Isso evita que tais equipamentos apresentem riscos à saúde dos usuários, o que já não é possível certificar em aparelhos não homologados por razões óbvias.
Para saber se um produto é ou não homologado pela Anatel, verifique se o mesmo traz o selo da Agência:

Na realidade, esta medida já era esperada há muito tempo, pois a pirataria não beneficia ninguém, a não ser as empresas que colocam estes aparelhos em mercados como o do Brasil. Porém, o governo, as fabricantes e as teles deveriam pensar em políticas para tornar dispositivos como smartphones e tablets mais acessíveis à população. Caso isso não aconteça, ter um smartphone será privilégio de poucos e, sinceramente, podemos esperar por uma nova espécie de "rolezinho no shopping".
O que você acha da iniciativa da Anatel? Será que o órgão conseguirá fiscalizar este "mercado paralelo" de dispositivos móveis no país?
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